Em Santa Rita do Sapucaí, na manhã deste domingo (16) o Comandante da 17ª RISP – Região Integrada de Segurança Pública, Cel PM Campos esteve sobrevoando nosso município, no helicóptero da Polícia Militar.
A areonave atrerrisou no Pesqueiro Tô a Toa, onde o prefeito municipal Paulo Cândido, juntamente com Robledo de Martha, Coordenador da Defesa Civil Municipal embarcaram para um sobrevôo pela cidade.
Várias fotos foram tiradas para um levantamento sobre as áreas alagadas de nosso município.
Após visitar nossa cidade o Cel Campos se dirigiu a Careaçu.
Vários moradores do Bairro São João reivindicaram junto ao prefeito Paulo Cândido da Silva, limpeza das margens e leito do Ribeirão Vintém, o prefeito prometeu atendê-los tão logo a situação das chuvas se normalize.
Acompanhem a entrevista com o Coronel Campos:
Vejam a entrevista com o Prefeito Municipal:
Entrevista com o Comandante da 114ª CIA PM, Tenente Hélio Júnior


























Olá Giácomo e seus companheiros do blog, um abração. Espero de verdade, embora não acredite muito, que o estado faça alguma coisa para amenizar e tentar solucionar o problema das cheias. Essa história de enchente na verdade já estourou a paciência de muita gente, de muitos cidadãos mais conscientizados quanto a dura realidade desse assunto. Se formos analisarmos, a enchente funciona como um grande espetáculo. Primeiro, um grande espetáculo da natureza. Segundo, um espetáculo político, já que muitos se aproveitam dessa situação para se promoverem ou prometerem , mas na verdade só querem mesmo se popularizar para se elegerem ou reelegerem, mas quando estão no poder, quando estão com a responsabilidade e a oportunidade de atacar o problema de frente não fazem absolutamente nada, porque como foi dito, as cheias dos rios são apenas mais um mecanismo de promoção política, assim como a seca é no Nordeste. Terceiro, o espetáculo midiático. A imprensa, seja ela televisiva, impressa, via rádio, via internet, acaba caindo como abutre em cima da carniça descarnando o problema num verdadeiro reality show sempre regado com generosas doses de lágrimas e sensacionalismo. É mais fácil ficar dias seguidos falando de um mesmo assunto do que ir em busca de notícias variadas , que muitas vezes não se encontra. Quarto, o espetáculo popular, onde as cheias dos rios viram uma grande atração e diversão para as populações do interior que na maioria das vezes não possuem muitas e interessantes opções de lazer.Percebo isso aqui mesmo em Santa Rita do Sapucaí, quando chega o mês de janeiro, pronto começa a especulação e se confirmada, o espetáculo. Nesse espetáculo pula-se da ponte, anda-se nas ruas alagadas , fica todo mundo querendo ver até onde está a enchente, de hora em hora mede-se o nível do rio, enfim, para muitos isso vira diversão.
Dentro desse contexto, nossa presidente ao visitar a dramática situação da região serrana do estado Rio do de Janeiro, disse: ” No Brasil a regra é construir onde não pode”. A frase virou manchete no mundo inteiro. Com certeza,essa regra possui as bençãos do poder público, que deveria então proibir a cobrança de aguá, de energia, de IPTU, das áreas que jamais poderiam ser ocupadas. Por assim ser, como é do ser humano, começamos a apontar os culpados. No caso das enchentes, a culpa está nos mais diversos segmentos. Observei muito nos comentários do blog as pessoas mirando sua ira, sua revolta nas autoridades políticas. Com certeza eles possuem a maior culpa, mas não são o único. O setor imobiliário é implacável, se bobear eles loteiam até as águas do rio e tenha certeza, vai ter gente para comprar e é ai que vem o mais triste, as pessoas compram , os cidadãos que pagam seus inúmeros impostos compram e constrói em áreas que eles sabem que é de risco. Veja o caso da nossa querida cidade, bairro como o Fernandes, região que tradicionalmente é alagada, quantas casas foram sendo construídas e casas boas, bairro de classe média, grupo em que se acredita ter uma consciência, um entendimento maior quanto aos mais diversos assuntos, e lá construíram e moram. Fica a sensação de quanto mais a área alagava mais o povo construía. Portanto, o cidadão também tem sua parcela de culpa. É uma questão de educação, se você sabe que determinada região alaga, não se deve ali construir. Guarda o dinheiro e espera uma oportunidade num local apropriado. Mas, as pessoas querem a todo custo realizar o sonho da casa própria e não levam em consideração os riscos do local onde estão querendo morar. Depois o sonho de uma vida inteira começa a virar pesadelo e parcelado de ano em ano. Tenho parente que vendeu o imóvel que tinha atrás do Inatel e foi morar próximo a rua do Queima. E tenho uma outra parente que tem imóvel perto da Apae e já mencionou em vender e comprar no bairro Maristela ou Fernandes. Esses exemplos que citei foram para mostrar que os cidadãos que pagam seus impostos também tem culpa dos sofrimentos e transtornos ocasionados por imundações. Obviamente, que há casos e casos. Somente a natureza é a vítima, mas acaba sendo apontada como a grande vilã.
Enfim, é um problema que será de difícil solução. Porque tem muita gente ganhando com esse problema assim como tem muita gente, a maioria, perdendo. E, Giácomo, sempre acompanhei seu blog desde que ele foi criado, sempre postei comentários. Sou fã número 1 do blog. Mas, justamente por isso que vai uma crítica ao caminho que o blog está tomando. Antes ele era informativo, participativo, inteligente e contribuía para a cultura local. Mas de uns tempos para cá o estilo do blog está parecido com aquele antigo jornal da capital paulista, o Notícias Populares. A sensação é que ao acessá-lo vai espirrar sangue pela tela do computador. De coração, o problema não está na notícia e sim na dimensão dada a ela. Nos primeiros tempos do blog a informação era postada e se percebia claramente que havia todo um cuidado em informar, em participar dos eventos da cidade, a notícia era dada com uma certa elegância, não se construía uma dimensão maior que se deve para o assunto. A cobertura da enchente foi legal, mas ganhou um espaço que se personificou como um grande espetáculo. Tenha certeza que a crítica é construtiva. Não fique bravo. E assim caminhamos, hoje falando sobre a enchente 2011. Só que em 2012, em 2013, em 2020, em 2050, estaremos nessa mesma época falando adivinha do que?????
Só para completar, gostaria de esclarecer que tragédia é o que ocorreu na região serrana do Rio de Janeiro, onde áreas fora de risco foram atingidas. Qualquer outra região considerada de risco que é castigada por enchentes e deslizamentos, não pode ser considerada tragédia, porque era previsto. É como saber que colocar a mão no fogo vai queimar e você coloca assim mesmo. Muitos dizem que é hora de ajudar. Concordo, mas também de refletir e pensar. Porque, com fim das águas de março, as chuvas se vão, a vida vai tomando seu rumo normal e tudo fica esquecido. Quando chega janeiro , tudo de novo, as tragédias, as reclamações, enfim transtornos que mais que contornados devem ser solucionados e para isso é preciso pensá-los, encarar a situação como de fato ela é. Mas fica a pergunta: O brasileiro tem amadurecimento cultural, ou seja , consciência para discutir essa questão? ou é mais fácil acusar fulano e beltrano pelo problema do que assumir que eu também não deveria ter construído em tal local caso houvesse outra possibilidade e, portanto, se minha casa encheu de água do rio, eu também tenho culpa disso?
Abração.
Prof. Anderson ( E.E. “Sanico Teles)
Prof. Anderson. em alguns pontos eu concordo com vc, outros não. o jornal abriu espaço pra gente escrever aquilo que nos afeta, noque concordamos ou não. Não critico pelos pots aqui escritos. Tão mais que certos, a população tem que abrir os olhos e tamos com o apoio do vale independente. Eu acho, acho não, tenho certeza que a natureza nao tem culpa das tragédias e sim os homens. Principal culpado são os administradores da cidade, das estradas. Cada vez mais tão construindo onde não pode. Constroi e não exixte fiscalização . Cadê os fiscais da prefeitura, não existe ??
Quanto ao setor imobiliário , pode também a prefeitura fiscalizar e até punir. Formas tem pra prevenir muita tragédia. Tem coisas que só a prefeitura pode fazer , não é eu falar pra meu amigo não construir ali que vai provocar enchente e ele vai me entender. “É complicado”
“Tem coisas que só a prefeitura pode fazer” eu não concordo com essa idéia
por exemplo: a prefeitura não pode ir la na margens da BR de derrubar as casas construídas irregularmente, o terreno nem é do município, quem tem que tomar a decisão é a justiça, especificamente em 2010 (primeiros 4 meses) +- 10 casas em construção no local receberam notificação e embargo das construções (aviso de que é proibido constrir ali) em uma operação Meio Ambiente/Obras registrado BO da PM, …alguns dias depois em uma nova operação no local 7 casas +- prontas, não tem a minima condição de se manter fiscalização 24 horas em todas as ruas e agora o que fazer… os BOs/embargos encaminhados a promotoria e se a justiça deixar/quiser/puder, faz-se alguma coisa, se não fica como ta
Concordo com o professor, a população tem uma parcela “1/3” da culpa
Teve gente que ate ameaçou o fiscal da prefeitura (eu) por avisar a Sec. de Obra que o embargo não tinha sido respeitado
teve 2 loteadores que também foram notificados de que estavam descumprindo regras/normas/leis e usaram seu “poder” econômico /influência política, para continuar com as irregularidades .
…. culpar a prefeitura é + fácil (reducionismo)
Sinceramente o giacomo postou o que ele viu aki no sao joao,eu moro aki e a enchente de 2007 nao veio na minha casa quinta-feira(13)veio e quanto a mediçao do nivel do rio achei muito bem postada por nos informar de hora em hora.vale independente esta de parabens.o giacomo veio ele e a defesa civil ja chegaram e ja desceram com o barco.ja o sr.prefeito conversou hoje com alguns moradores a distancia.é gente cada um no seu devido lugar,so na eleição que ele foi de casa em casa e pegou na mão de cada um!!!
Tem que passear de avião mesmo. O “boa pessoa” não se mistura ao santarritense.
Ricardo, se a prefeitura não puder fazer nada com essas pessoas que construiram margens da BR , brigar na justiça pela segurança de toda população, quem vai fazer ? não tem que manter fiscalização 24 horas, pois nao se constroi uma casa em 24 horas. Mas podem colocar fiscais nas áreas de riscos. A papulaçao não tem culpa, o problema é a falta de ajuda por uma casa propria em lugar seguro e ali o terreno deve ser baratinho né, e quem vendeu ou apenas construiram. Agora você pode me responder uma coisa? esse pessoal que construiram nas margens da BR pagam impostos? Pois se pagam, a prefeitura ta errada em receber , pois é o mesmo que apoiar a construção em áreas proibidas. E o que vc me diz da copasa, a prefeitura não toma atitude quanto aos buracos que fazem e deixam abertos. O mercado municipal, nem da coragem de ir comer um pastel, lá é o ponto de encontro de bebados dormindo na porta principal, cadê os fiscais.
pergunta de A: “Agora você pode me responder uma coisa? esse pessoal que construiram nas margens da BR pagam impostos? Pois se pagam, a prefeitura ta errada em receber , pois é o mesmo que apoiar a construção em áreas proibidas”
Resposta: não, não pagam IPTU, não tem escritura do terreno e construíram sabendo da “irregularidade”
Quanto ao preço realmente foi baratinho, o “vendedor” é tão gente boa que vende a mesma área para mais de uma pessoa, vende área de preservação as margens do rio sapucai etc… fato de conhecimento notório na cidade…