Alerta enchentes

USP cria rede de sensores sem fios que possibilita avisar a população

O filme já é conhecido: chega o Verão e as enchentes tomam conta de várias cidades brasileiras (que o diga São Paulo ou mais recentemente São Luis do Paraitinga, que teve seu casario histórico completamente destruído neste ano). Diante da urgência de enfrentar esse problema, pesquisadores da USP de São Carlos (SP) criaram o protótipo de uma rede de sensores sem fio (RSF) capaz de prever a iminência de uma enchente. Mais: avisar com antecedência a população da área a ser atingida.

O projeto começou na Inglaterra, por iniciativa do professor Daniel Hughes, da Universidade de Liverpool. Em visita científica ao Brasil, ele trouxe a ideia e o trabalho começou a ser desenvolvido também por professores da USP. A versão brasileira logo ganhou um recurso adicional: medir também o nível de poluição dos rios.

E como funciona? Um computador com o tamanho aproximado de uma caixa de fósforos, fica instalado na margem do rio. Ligado a ele estão três sensores analógicos. Um deles, no fundo do rio, mede a pressão das águas (e quanto maior a pressão, maior a probabilidade de inundação). Um segundo, também no fundo do rio, permite medir o nível de poluição medindo a condutividade da água (quanto mais limpa ela está, menor será sua condutividade elétrica). E, por fim, um terceiro sensor, acoplado ao computador na margem. Este é um acelerômetro, criado para saber se alguém está mexendo no equipamento, o que evitaria eventuais roubos e vandalismos. O equipamento contém ainda uma câmera para auxiliar na precisão das informações.

A cada cinco minutos estas informações são transmitidas para um computador central que avisa aos moradores da iminência de uma enchente, por meio de um alarme ou por mensagem de texto pelo celular. O computador na margem é lacrado para funcionar mesmo se estiver submerso. E, para poupar bateria, é alimentado por energia solar, captada através de painéis semelhantes aos usados em radares de velocidade. Segundo o professor Jo Ueyama, “não podemos fazer com que não chova, mas podemos diminuir os prejuízos”.

O projeto, testado próximo ao campus da USP em São Carlos, já foi apresentado à Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, e aguarda para ser implementado na capital. A ideia é que os sensores estejam inicialmente na Marginal Tietê, da Ponte da Casa Verde até a Ponte das Bandeiras. A confluência entre o Tietê e Tamanduateí está incluída no trajeto. Desta forma será possível também comparar qual dos dois rios é mais poluído. O professor Ueyama pensa na possibilidade de disponibilizar o sistema como software livre para prefeituras de municípios do Estado de São Paulo e também para cidades de outros Estados que possam ser afetadas por enchentes.

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1 Response to Alerta enchentes

  1. Avatar de cidadao cidadao disse:

    CIDADÃO OU GUARDA MUNICIPAL PEDE SOCORRO ?
    A Guarda sumiu das ruas,é só procurar em locais onde tinha que ter vigilante e tem dois ou um Guarda Municipal,treinado dando dispesa ,pois se gastou com treinamentos e etc .Até onde vai,os Guardas já salvaram varias vidas e tem preparos .são Guardas Municipais e fazem parte da segurança publica.QUEREMOS NOSSOS GUARDAS NAS RUAS NOVAMENTE eles não são vigias.A PREFEITURA NÃO TÁ NEM AI,A IMPROBIDADE ADMISTRATIVA ESTA CLARA.OBRIGADO.não dá mais para ficar calado

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