Vereador da base aliada sugere enxugamento na máquina

NÃO SE ILUDA, É EM VARGINHA…

A declaração do vereador Dr. Armando Fortunato (PSB), para que os ocupantes de CPC’s colocassem seus cargos à disposição do prefeito Corujinha, foi a notícia política da semana. Dr. Armando se rotula como independente. E realmente é. Ocupa a função de secretário da mesa da Câmara Municipal. Transita por todos os meios políticos e apresenta projetos de lei, independente do conteúdo e implicações políticas.

Apesar da independência declarada, Dr. Armando nutre uma grande amizade com o prefeito Eduardo Carvalho. É conhecido, entre os colegas vereadores, por defender várias vezes a atual administração municipal. Nesse quesito, perde apenas para o vereador Rogério Bueno, do PT, o mais duro defensor da prefeitura durante as reuniões da Câmara Municipal.

Apesar desta proximidade com o Executivo, Dr. Armando Fortunato disse que, tendo em vista a situação atual de Varginha, com os problemas que a cidade enfrenta, os cargos de confiança deveriam colocar seus cargos à disposição, para que uma equipe mais competente assumisse e realizasse um trabalho profissional. O vereador acredita que a prefeitura realizaria uma administração melhor se houvesse menos intrigas, menos fofocas e mais trabalho. E afirmou que há 3 secretários que aparentam estar desanimados com a função, talvez pelo período que já ocupam o cargo. “Não estão trabalhando a contento, não estão administrando bem e com competência suas pastas”, afirmou.

Há quem diga que a declaração do vereador foi feita em um ímpeto político. Dr. Armando já foi candidato a prefeito e poderia concorrer novamente.

Mas é pouco provável que seja isso. Em primeiro lugar, porque não estamos em um momento eleitoral. A eleição para prefeito será apenas daqui a três anos.

Na minha visão, a declaração foi feita em um ímpeto de indignação. Dr. Armando foi a primeira pessoa da base aliada do governo a criticar publicamente a ineficiência de alguns colaboradores do prefeito. E a registrar o conceito que o povo tem com a prefeitura.

Por fim, deixou claro que já se esgotou o prazo para que a prefeitura se recuperasse da apregoada crise econômica, que seria o motivo de todos os problemas que o governo municipal passa. Fez uma ligação, mesmo que indireta, de que a não vinda de novos investimentos estaria atrelada à anunciada ineficiência dos colaboradores do prefeito. Sugeriu ao prefeito Eduardo Carvalho que promova uma reestruturação e enxugamento dos cargos como medida administrativa.

Resta saber se o prefeito recebeu a declaração como um conselho de um amigo ou como uma crítica. Para muitas pessoas, depois de quase 15 meses de governo sem resultados robustos, o prefeito deveria aproveitar o momento e promover a reforma administrativa anunciada por ele próprio no início de sua gestão, durante a nomeação do atual secretariado.

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