Paraná registra 4ª morte e afetados pelas chuvas são mais de 4 mil

Situação mais grave é registrada no Norte do Estado, que ao todo tem 1.106 desabrigados, 748 desalojados, 764 casas danificadas e 81 destruídas

Sargento Alvacir/Reprodução

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Moradores de Almirante Tamandaré, Zona Norte de Curitiba, sãop retirados de casa pelos Bombeiros

O número de pessoas afetadas pelas chuvas no Estado do Paraná subiu para 4.041, segundo boletim divulgado neste domingo (31) pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná. Até o início desta tarde, 14 municípios das regiões norte e dos Campos Gerais têm problemas devido às chuvas. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão de hoje para o Paraná prevê pancadas de chuvas durante o dia em todas as regiões.

O Corpo de Bombeiros de Jaguariaíva informou que o corpo de uma mulher foi encontrado no rio Jaguanicatu, em Sengés (PR), no final da manhã. O subcomandante de operações de Defesa Civil em Sengés, capitão Sanches, afirmou que a mulher foi arrastada pelas águas do rio que chegaram a subir mais de seis metros em alguns pontos em decorrência das chuvas. Com isso, sobe para quatro o número de vítimas da chuva na cidade.

Às 14h30, os bombeiros ainda procuravam uma pessoa desaparecida. Na sexta-feira, moradores de Sengés encontraram, também no rio, outros três corpos: Simone de Fátima, de 34 anos; Adrian Miranda, de 3 anos, e Ezequiel Meira da Silva, de 70 anos. De acordo com Sanches, eles moravam perto do rio.
O número de desabrigados é de 1.106 (pessoas que perderam tudo e precisam dos abrigos públicos) e de desalojados, de 748 pessoas (as que podem contar com ajuda de vizinhos e familiares). Há 17 pessoas feridas. Foram danificadas 764 casas. O número de casas destruídas chega a 81. O norte do Paraná tem a situação mais grave, de acordo com a Defesa Civil.
O município de Sengés, na divisa do Paraná com São Paulo, está isolado, sem acesso por rodovia, devido à queda de pontes entre São João da Boa Vista e Itararé, e sem comunicação por telefone. Duas aeronaves do governo do Estado fazem a ponte aérea entre Sengés e Jaguariaíva.
De acordo com o órgão, São José da Boa Vista, Almirante Tamandaré, Jaguariaíva, Campo Largo, Campo Magro, Arapoti, Ibaiti, Pinhalão, Sapopema, Tomazina, Colombo, Campina Grande do Sul e Ibiporã também informaram problemas em consequências da chuva.
Em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, algumas pessoas tiveram de deixar suas casas devido ao aumento do nível das águas dos Rios Palmital e Iraí, mas, exceto uma família que continua desabrigada, puderam retornar, pois o nível dos rios voltou a ficar próximo ao normal.


Estradas

Outras consequências das chuvas foram quedas de barreiras, pontos de alagamento e risco de quedas de pontes. A Defesa Civil citou dados da Polícia Rodoviária Federal de que a BR-476 (Estrada da Ribeira) teria pelo menos oito quedas de barreiras. O tráfego está liberado para automóveis. Ônibus percorrem trechos parcialmente liberados, mas os passageiros precisam fazer baldeações para outros vindo de sentido oposto.
A Defesa Civil informa ainda que, conforme a Polícia Rodoviária Estadual, as rodovias estaduais mais afetadas são as que dão acesso ao município de Sengés (PR-151 e PR-090). Na PR-151, houve quedas de barreira nos quilômetros 200 e 185 e, segundo dados da concessionária Rodonorte divulgados pela Defesa Civil, também no quilômetro 8 da SP-239, no Estado de São Paulo. De acordo com a Defesa Civil, a Rodonorte estaria tentando providenciar a liberação da pista.
Já no quilômetro 15 da PR-090 (Estrada do Cerne, que liga Curitiba ao norte do Estado), há cratera de cerca de sete metros, e o desvio está sendo feito por Campo Magro, próximo a Curitiba. No quilômetro 27, parte do asfalto baixou, e o tráfego está liberado em meia pista. A passagem está bloqueada nos quilômetros 37 e 39, com desvio por Bateias.

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