Motorista atropela cadáver na Curva do Ponteio e bate em viatura da PM

Rapaz com sintomas de embriaguez se envolve em acidente e quase atinge parentes do morto

Mateus Parreiras – Repórter Jornal Hoje em Dia

FOTO: CRISTIANO COUTO

Curva do Ponteio

Acidente ocorreu na Curva do Ponteio e motorista ainda atingiu viatura da PM

A viúva e os amigos do garçom Márcio Monteiro, 56 anos, ainda assimilavam sua morte, por mal súbito, à beira da BR-356, na curva do Shopping Ponteio, quando um motorista com sintomas de embriaguez perdeu o controle de seu automóvel, atropelou o corpo e bateu na viatura da Polícia Militar.

Socorristas e parentes do morto tiveram de fugir para não serem atropelados. O empresário Luiz Felipe Lobo,  24 anos, condutor do veículo acidentado, foi detido e levado para a delegacia do Departamento de Trânsito (Detran), onde se recusou a soprar o bafômetro. O jovem foi então encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) onde faria exames clínicos.

Segundo relatado por policiais na ocorrência, ele apresentava hálito etílico, andar cambaleante, fala desconexa e olhos vermelhos.

De acordo com o compadre de Márcio, Aldair Francisco de Souza, 46 anos.  Márcio sofria do coração e tomava remédios para controlar a doença. Na madrugada de hoje (24), por volta de 1h30, ele trabalhava com outros colegas numa festa no Bairro Jardim Canadá, em Nova Lima, quando se sentiu mal.

Um outro garçom resolveu colocá-lo em seu carro e trazê-lo a Belo Horizonte para ser socorrido no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. “Só que no caminho ele viu uma ambulância dos bombeiros e fez sinal para eles pararem. Eles tiraram o Márcio de dentro do carro, tentaram salvá-lo, mas não conseguiram, e, por isso, o deixaram no asfalto”, conta Aldair, que foi um dos primeiros a chegar no local.

Ainda de acordo com a testemunha, o Polo estava em alta velocidade e se descontrolou. “Ele bateu na mureta da esquerda e veio rodando para cima da gente. Bateu na viatura e passou por cima do corpo, ferindo o rosto e o nariz dele. O rapaz saiu de lá de dentro completamente tonto e repetia que tinha seguro e pedia desculpas”, lembra.

As autoridades também deram mau exemplo. Deixaram para trás, no local do atendimento, uma lona preta para cobrir cadáveres, um lençol branco ensanguentado e uma calça da vítima, além de várias peças e vidros dos automóveis batidos.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil ainda não divulgou o resultado dos exames feitos no IML. A Carteira Nacional de Habilitação de Luiz Felipe foi apreendida, ele foi ouvido e depois liberado.

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