Zilda Arns é sepultada em Curitiba em cerimônia fechada

Enterro contou com a presença de cerca de 200 pessoas, entre familiares e integrantes da Pastoral

Anne Warth – Agência Estado

ABR

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Corpo de Zilda Arns foi velado no Palácio das Araucárias, sede do governo do Paraná

CURITIBA – O corpo da médica sanitarista e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, foi sepultado às 16h45 neste sábado, no Cemitério Água Verde, em Curitiba, ao lado de seu marido, Aloysio, seus dois filhos Silvia e Marcelo e um neto. A cerimônia contou com a presença de cerca de 200 pessoas, entre familiares e integrantes da Pastoral, inclusive membros da Pastoral da Criança do Paraguai.

Dom Leonardo Steiner, primo de Zilda e bispo prelado de São Félix do Araguaia (MT), conduziu as últimas homenagens e orações e também cantou uma música em alemão com a família de Zilda. “Que possamos assumir um compromisso com a causa de Zilda, com as crianças e os idosos, os mais fracos e os mais pobres”, pediu o religioso.

Na chegada do corpo da fundadora da Pastoral da Criança ao cemitério, houve uma homenagem com salvas de tiros pela Polícia Militar. Do lado de fora do cemitério, as pessoas que não puderam participar acompanhavam e batiam palmas. O caixão estava coberto com a bandeira do Brasil. Pombas brancas revoaram assim que ele desceu à sepultura.

Antes foi celebrada uma missa de corpo presente no Palácio das Araucárias, sede do governo do Paraná, em Curitiba. A missa foi conduzida pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Mariana (MG), D. Geraldo Lyrio Rocha, que agradeceu em nome da Igreja e da CNBB o papel que Zilda teve com seu trabalho. “Que o povo do Haiti encontre força, apoio e coragem para prosseguir na luta pela vida”, afirmou.

O bispo de Franca (SP), D. Pedro Luis Stringhini, leu duas mensagens do irmão da Dra. Zilda, o arcebispo emérito de São Paulo, D. Paulo Evaristo Arns, que não pode participar das cerimônias fúnebres em razão de problemas de saúde. “Minha caríssima irmã sofreu com o bom povo do Haiti os efeitos do trágico terremoto. Que Deus, em sua misericórdia, acolha nos céus aqueles que na terra andaram pelas crianças e os desamparados”, dizia a mensagem.

D. Leonardo Steiner, primo de Zilda Arns e bispo prelado de São Félix do Araguaia (MT), também participou da cerimônia. “Ela viveu com os mais pobres, morreu com os mais pobres, no país mais pobre das Américas”, lembrou.

Ao deixar o Palácio das Araucárias em direção ao Cemitério Água Verde, o corpo de Zilda Arns foi aplaudida pelos presentes que acompanharam a cerimônia do lado de fora do edifício. A missa foi transmitida por dois telões na praça em frente ao Palácio das Araucárias.

A missa de sétimo dia de Zilda Arns será realizada na próxima terça-feira (19), às 19 horas, em Florestópolis (PR), cidade onde começaram os projetos da Pastoral da Criança.

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