Terremoto no Haiti mata Zilda Arns, fundadora da pastoral da Criança e mais 11 militares brasileiros.

    Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter arrasou ontem a noite o Haiti, o país mais pobre das Américas. Milhares de pessoas morreram no escombros.

     Entre elas estão 11 militares brasileiros da Força de Paz no país e a médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora internacional da “Pastoral da Criança”.

     Ela estava nas ruas da capital Porto Príncipe no momento do terremoto com outros quatro militares brasileiros que integram a Força de Paz da Organização das Nações Unidas naquele país. Os militares que acompanhavam a medica são: 1º. Tenente Bruno Ribeiro Mario, 2º.Sargento Davi Ramos de Lima, soldados Antonio Jose Anacleto e Tiago Anaya Detimermani, todos do 5º. Batalhão de Infantaria Leve, sediado em Lorena no Vale do Paraíba.

    Além dos militares que acompanhavam Zilda Arns Neumann, o Exercito confirmou nesta manhã a morte de outros 11 brasileiros que combatiam a guerra civil e construía pontes, estradas e saneamento básico no Haiti, na America Central.  São eles: sargento Leonardo de Castro Carvalho, cabos Douglas Pedrotti Neckel e Washington Luis de Souza Seraphin, Ari Dirceu Fernandes Junior, soldado Kleber da Silva, do batalhão de Infantaria Leve, sediado em Santos –SP, sub-tenente Raniel Batista de Camargos do 37º. Batalhão de Inf. Leve sediado em Lins-SP e tenente-coronel Emilio Carlos Torres dos Santos, do Gabinete do Comandante do Exercito sediado em Brasília. Apesar do desencontro de informações, devido aos estragos causados na estrutura de telecomunicações do país, o Exercito informou ainda que quatro militares e três integrantes das Forças Armadas,  feridos, foram encaminhados para o Hospital Argentino da Minustah na vizinha Republica Dominicana.

     O governo brasileiro enviou ao país devastado, uma comitiva chefiada pelo ministro da Defesa Nelson Jobim, para monitorar a situação. Ele está acompanhado do comandante da Marinha, Almirante Júlio Soares de Moura Neto, o Comandante do Exército, General Enzo Martins Pery, o secretário executivo da Secretaria Especial de Direitos Humano, Rogério Sotilli, o senador Flávio Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda Arns, além de representantes do Ministério da Saúde, do Ministério das Relações Exteriores e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

     O Itamaraty já anunciou que será enviada uma ajuda humanitária de mais de US$ 10 milhões. Além do dinheiro, o governo brasileiro também disponibilizará até sexta-feira 28 toneladas de alimento. Segundo o ministério da Agricultura, serão enviados ao Haiti açúcar, leite em pó, sardinha e fiambre. Os alimentos irão para o Haiti em dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). O primeiro, com 14 toneladas, deve partir ainda nesta quarta-feira (13).

     “A generosidade de Zilda Arns e o trabalho que ela promoveu no Brasil e em todo mundo vão deixar saudades. Ela criou há 27 anos a Pastoral da Criança e seu trabalho se tornou referência mundial no combate à desnutrição infantil”.

        Atualmente há no Haiti, pequenino país da América Central, 1.310 brasileiros. Desses, 1266  são militares que integram as Forças de Paz da ONU.

 

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