EPTV
SÃO PAULO – Cerca de 3.500 pessoas estão desalojadas ou desabrigadas na cidade de Capivari, a 131 km da capital paulista. O município, que enfrentou na madrugada de domingo a maior chuva desde a década de 70, está debaixo d’água. Durante o temporal, a barragem da Usina Santa Cruz rompeu parcialmente. Pelo menos 800 casas estão submersas por conta da enchente do Rio Capivari. Para circular em parte da cidade, as pessoas precisam usar botes. (Leia também: Temporal deixa um morto em Guarulhos, na Grande São Paulo )
Ao todo, choveu em uma hora 151 milímetros, o equivalente a três meses de precipitações. O Rio Capivari subiu três metros. Nesta segunda, baixou um metro, mas a cidade ainda tem 13 pontos alagados. Duas pontes caíram e quatro acessos à cidade foram destruídos.
A previsão de chuva para esta terça-feira preocupa os moradores. A prefeitura, que recebeu ajuda do governo do estado, deve decretar situação de emergência. A cidade tem 40 mil habitantes e os desabrigados foram levados para dois ginásios de esporte e uma escola.
A região ainda corre o risco de ficar sem água, já que redes adutoras e poços ficaram danificadas. Não há registros de mortos ou desaparecidos.
Em Rafard, 100 residências foram atingidas pelas águas, mas nenhuma está interditada, apesar de 70 famílias estarem ainda desabrigadas.
Já em Sumaré, três bairros próximos ao Ribeirão Quilombo foram os mais prejudicados. Ruas ficaram alagadas nos Jardins São Domingo, Basilicata e Primavera, sendo este último a única área regularizada pela prefeitura.
Em Santa Bárbara D’Oeste, pelo menos quatro bairros sofreram com a chuva. A Defesa Civil da Cidade ainda trabalha para realojar as pessoas em escolas no Jardim Conceição e Santa Alice.
Hortolândia também teve alagamentos. Duas casas foram interditadas na Chácara Reimar. A Assistência Social ainda não decidiu para onde levar as famílias. Em Campinas, duas famílias ficaram desalojadas no Jardim Florence I.
Em Monte Mor, segundo a Defesa Civil da cidade, as ruas Siqueira Campos e Faria de Calil foram interditadas, assim como vias nos bairros Jardim Capoavinha e Jardim Progresso.
Bofete: moradores usam escada para alcançar ponte
Na cidade de Bofete, a 182 km da capital, a cabeceira de uma ponte sobre o Rio do Peixe foi danificada pela correnteza.
Cerca de 350 moradores de sítios e loteamentos na zona rural de Bofete estão isolados. Para sair da região, os moradores têm de subir em uma escada para alcançar a ponte e ir ao centro da cidade. As compras são colocadas em sacos, movimentados por corda.
A escada de metal foi oferecida pela prefeitura e coloca em perigo quem a utiliza. O prefeito Claudécio José Eburneo sabe dos riscos. Francisco de Assis Andrade não tem uma das mãos e encontra dificuldades para subir e chegar ao que sobrou da ponte.
O único meio de transporte é a bicicleta, mas ela tem que subir nas costas. Os riscos aumentam durante à noite. No local não há luz e mesmo assim, as pessoas utilizam a escada. Além da escada, uma passarela foi improvisada com dois eucaliptos, mas também não oferece segurança nenhuma a quem utiliza


























