A policia militar de Santa Rita do Sapucaí passou apertada no final da tarde e inicio de noite deste domingo. E não somente a de Santa Rita, mas também as de Cachoeira de Minas, São Sebastião da Bela Vista e Pouso Alegre, para evitar que “ciganos e tapeceiros” se digladiassem no meio da rua.

       Tudo começou por volta de 17:30h da tarde, quando o sr. Helio Bento Figueiredo, o Fião, passou pela rua Isaac Monteiro, defronte o acampamento dos ciganos, em velocidade incompatível com o local, “tirando fina” de crianças ciganas que brincavam na rua.

        Um dos ciganos, Regis Rodrigues chamou a atenção do motorista imprudente e ele parou o carro, desceu e encarou os nômades. Naturalmente levou umas bolachas e correu para casa no fim da rua. Mas voltou logo em seguida acompanhado dos filhos e parentes para buscar seu carro, e aí o clima esquentou de vez. No troca troca de ofensas e ameaças mutuas, um dos ciganos fez um disparo com uma espingarda na direção dos familiares de Fião, acertando o muro de uma casa. Depois da poeira baixada, um parente de Fião passou pelo local do conflito montado numa motocicleta e atirou um toco de madeira, acertando a cabeça de um dos ciganos e a contenda recomeçou.

       Estas informações foram colhidas por nós, no local dos fatos, hoje pela manha, junto aos ciganos e moradores da rua Isaac Monteiro.

       Para por fim à balburdia, dispersar os contendores e evitar um massacre generalizado entre os “vizinhos do São Benedito”, a policia militar foi chamada e chegou junto com a Guarda Municipal. Mas a disposição para a violência era tamanha, que somente os policiais do Primeiro Pelotão e a guarda, não foram suficientes, foi necessário chamar o Segundo pelotão e vieram os policiais de São Sebastião e Cachoeira de Minas e também a “Quinta Cavalaria” do 20º BPM de Pouso Alegre. Ao todo, sete viaturas e mais de trinta homens para controlar a fúria dos ciganos e dos tapeceiros, e o pacato bairro São Benedito viveu horas de muita tensão.

      No frigir dos ovos, Helio Bento Fião, o tapeceiro e Regis Rodrigues, o cigano, desceram no táxi do contribuinte – e havia táxi de sobra – para a delegacia de policia onde sentaram ao piano e assinaram um 133.

      Tomara que criem juízo, pois o acampamento – e residência  – dos ciganos fica no meio do caminho por onde passa Fião todos os dias….