BRs 251 e 135, que estão em obras e com trechos interditados, são as que oferecem mais riscos
CORPO DE BOMBEIROS/DIVULGAÇÃO

Vários acidentes já foram registrados na BR-135 durante obras de reforma da pista
MONTES CLAROS – Serras perigosas e sinalização precária são riscos que os motoristas enfrentam nas estradas do Norte de Minas, principalmente nas BRs 251 e 135 – esta última com paralisações no trânsito em função de obras de recuperação.
A 251, no trecho entre Montes Claros e Salinas, possui três serras e trânsito intenso, com mais de 6 mil caminhões de cargas trafegando por dia – uma média de 4,1 caminhões por minuto. Para quem terá de passar pela região durante as férias, redobrar a atenção e não ultrapassar a velocidade de segurança é mais do que necessário.
Além das serras Francisco Sá, Salinas e São Calixto, a patrulheira Silvana Pereira, da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal de Montes Claros, aponta o asfalto já antigo da BR-251 como problema.
A Serra de Francisco Sá é conhecida como “Serra da Morte”, com acidentes que mataram mais de 100 pessoas nos 12 anos da sua inauguração.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Norte de Minas (Sindinor), Antônio Henrique Sapori, aponta o trecho da BR-251, de Montes Claros a Francisco Sá, com 45 quilômetros de extensão, como o mais crítico, principalmente em função de o pavimento ser o mais antigo e sempre receber obras de tapa-buracos.
“Temos grande quantidade de acidentes por causa desta situação precária. Isto gera muitos transtornos e prejuízos, como danos nos carros. Coloca em risco a vida dos usuários”, afirma Sapori.
Já as obras de reforma da BR-135, no trecho entre Montes Claros e o trevo da BR-040, inciadas em agosto, têm provocado paralisações e acidentes, inclusive com morte de motoristas. A rodovia é a principal opção para ligar o Norte de Minas a Belo Horizonte.
Segundo Silvana Pereira, a falta de sinalização correta tem favorecido os acidentes. A concessionária de transporte intermunicipal do Norte de Minas, a Transnorte, que explora a rota Montes Claros-BH, optou por dar uma volta de 100 quilômetros, com os ônibus noturnos passando por Pirapora para depois chegar a Corinto, por causa das grandes paralisações nas obras da BR-135.
O empresário Antônio Henrique Sapori, do Sindinor, também concorda com o problema da falta de sinalização. Segundo ele, os motoristas se queixam que constantemente são surpreendidos com as barreiras colocadas pelas construtoras já em cima delas.

























