Aluno agride professora no Grupão: As conseqüências

O objetivo da imprensa falada, escrita, televisada ou virtual, além de levar ao cidadão a informação sobre o fato como ele se deu, objetiva também, muitas vezes provocar a discussão do fato, seus motivos, suas conseqüências e principalmente sua difusão, quando o fato for de encontro ao anseio popular.

O Blog Vale Independente tem divulgado os principais acontecimentos políticos sociais de nossa cidade e região, norteado sempre pela imparcialidade e justiça, buscando contribuir para a solução dos problemas cotidianos que afligem nossa sociedade e acima de tudo, buscando somar para a melhoria de relacionamento humano e social.

Foi com este objetivo que publicamos no inicio do mês o incidente protagonizado pelo estudante D.J. Gonçalves e a professora Elizangela de Cássia Baldin Carvalho da escola estadual Delfim Moreira. A noticia, não pelo fato em si, mexeu numa ferida latente que não é privilegio apenas de nossa cidade, mas de toda a sociedade brasileira: A educação dos nossos jovens. Dezenas de comentários foram postados em nosso blog, além de comentários nas ruas e nas escolas acerca do fato, convergindo sempre para: E a escola, o que fez com o aluno agressor?

A questão principal, que é a educação caótica no Brasil, com professores desvalorizados e sobrecarregados e por isso mesmo muitas vezes despreparados para lidar com “estudantes que não fizeram o dever de casa da educação básica”, aquela que se trás de berço, superprotegidos pela Carta Magna e pelo ECA, deixá-la-emos para outra oportunidade. Falemos do que apuramos em conversas com os representantes do Conselho Tutelar, da E. E. Delfim Moreira e do aluno agressor e seus pais.

Prof Paulo Cézar Ribeiro - Diretor da Escola Estadual Dr Delfim Moreira

Segundo o professor Paulo Cézar Ribeiro, diretor do Grupão, ele tomou conhecimento do incidente no dia seguinte, pois na ocasião tratava de assuntos da escola na S.R.Ensino. Mas a escola fez o que lhe cabia. Sua supervisora acolheu a professora agredida e acionou os pais do aluno e o Conselho Tutelar. A presença da Policia na escola foi solicitada pela própria professora e segundo ele não se justifica.

“Se eu estivesse aqui, não permitira que se chamasse a policia, pois não tivemos uma agressão propriamente, não tivemos um roubo ou uso de drogas que justificasse a intervenção da policia. Tivemos um incidente entre aluno e professor que seria e foi resolvido pela direção da escola, juntamente com a representante do C.Tutelar e o pai do aluno”, disse o diretor. Paulo disse ainda que a professora agiu como cidadã e não como professora e que ele se dispôs a conversar com ela sobre o ocorrido mas até agora ela não o procurou. Quanto ao estudante agressor, o diretor disse que ele é um aluno normal, como outro qualquer e que ele foi “repreendido” de acordo com os estatutos da escola e com o ECA. “Na questão disciplinar nós conduzimos a escola rigorosamente de acordo com a lei” reafirmou.

Falamos com a conselheira do Conselho Tutelar, Vera Lúcia  Sancho de Araújo que atendeu a ocorrência e ela pouco acrescentou. “Quando eu cheguei à escola, a policia militar já estava lá. Eu fiquei aguardando eles conversarem e como os pais do menino já estavam lá também, o Conselho não tinha nada mais a fazer” disse Vera. A Conselheira esclareceu ainda que a atuação do Conselho se restringe a acompanhar o caso para levar ao conhecimento dos pais ou responsáveis ou quando o Juiz da Infância e Juventude assim o determinar.

O pai do estudante nos recebeu em sua residência e se mostrou aborrecido e surpreso com o incidente e disse que isso nunca aconteceu antes, mas ouvindo o filho contar-nos os acontecimentos, embora não concorde com a atitude dele, disse que “ninguém pode tratar as pessoas a torto e direito”, referindo-se ao relato do filho de que os professores “gritam com os alunos”, “ mandam calar a boca”, “ vão gritar no ouvido de sua mãe”. Ele disse ainda que o filho não está fazendo as provas de recuperação por que já tomou bomba e agora vai mudar de colégio para estudar à noite e trabalhar durante o dia.

D.J. admitiu ter discutido com a professora e tê-la ameaçado caso “ela relasse nele” e ao sair da sala ainda disse “fica esperta ‘dona’”. “No outro dia quando cheguei na sala fui barrado pela professora que não me deixou assistir aula. Fui falar com o diretor e ele respondeu que ela não podia fazer isso, que ele é que mandava na escola”. “Aí eu fui para a biblioteca fazer trabalho de matemática”. “No outro dia fui para a sala de aula e sentei no fundo, mas fui o único que não ‘recebi’ atividade para fazer em classe”.

O diretor da E.E.Delfim Moreira, após receber a nossa reportagem  disse que estará nos enviando uma “nota oficial” acerca dos fatos.

De acordo com a Lei 9.099/95, a professora Elizangela tem até seis meses da data do fato, para representar contra o estudante no Ministério Publico, pelos crimes de injuria e ameaça.

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23 Responses to Aluno agride professora no Grupão: As conseqüências

  1. Avatar de Luis Luis disse:

    Não bastasse a inacreditável notícia do Grupão como palco de tão medonha agressão, vêm agora infomações que exalam o mais genuíno (seria Genoíno?) cheiro de pizza, bem aos moldes das pocilgas brasilianas.

    Confiram os ingredientes:

    – Um agressor confesso que afirma ter “ameaçado mas não agredido”.
    – Um pai satisfeito com o filho “estudante normal que já tomou bomba” e que considera que trocando o Arrogante de escola estará cumprindo sua tarefa disciplinar.
    – Um diretor que não reconhece a agressão e é estranhamente evasivo em acusar o agressor mas ágil a desabonar a atitude da vítima por recorrer à autoridade policial por seus direitos.
    – Um anúncio de “Nota Oficial”

    Só está faltando a criação de uma “comissão”: o grande forno de pizzas.

    Não se surpreendam caso a Professora seja transformada em ré.

  2. Avatar de Jacinta lucia telles silva Jacinta lucia telles silva disse:

    Da maneira como o aluno está sendo defendido por todos a professora vai acabar presa ou suspensa de suas atividades.
    Isso é Brasil.
    O povo cada vez mais sem educação e querendo ter sempre razão.
    È uma pena que isso aconteça em santa rita.

  3. Avatar de Prof. Anderson Prof. Anderson disse:

    Como eu já havia comentado sobre o caso logo nos primeiros dias ao ocorrido, faço lembrar que já tinha postado que nada iria ocorrer. A lei defende o aluno a qualquer custo. As vezes nos parece má vontade da direção, mas na maioria das vezes isso não se faz verdade. A direção de uma escola fica totalmente rendida as leis como o ECA e, enquanto isso tiver em vigor, a escola continuará fortalecendo a delinquência, o desrespeito e tudo mais. Digo reforçando porque delinquentes e maus cidadãos não são moldados na escola e sim no seio familiar. Infelizmente, as leis absurdas e desabonadoras que os educadores são obrigados a se submeterem só lapida o mau cidadão para ser de fato um mau cidadão. Não há solução imediata para essa situação. Somente , uma mudança na legislação poderia renovar esse quadro caótico. Entretanto, isso dificilmente ocorrerá porque a política neoliberal que nos governa já de algum tempo despeja na escola a responsabilidade de lapidar maus cidadãos para que estes não promovam um inchaço nas cadeias e consequêntemente, gerem gastos ao poder público. O futuro das escolas no Brasil é assustador. Que pena. Lamentável. Essa sucessão de agressões verbais e físicas já ocorrem de forma curriqueira nas escolas de Pouso Alegre, por exemplo. Inclusive, um fato chocou os professores da cidade quando além da aluna, a mãe da mesma surraram a professora. Exatamente isso, surraram. Só nos resta lamentar, porque por mais triste que pareça a classe dos professores não possue a consciência necessária para mudar tal situação. A rivalidade, a disputa por cargos e a necessidade de ocupar espaço de relevância dentro de uma escola e dessa para fins políticos ou meramente de status ainda falam mais alto e dilacera qualquer formação mais eficente e conscientizadora da categoria.
    Abraços.

  4. Avatar de Prof. Stevanin SP Prof. Stevanin SP disse:

    Concordo sem tirar uma vírgula com o Professor Anderson.

    Pois a Professora teve realmente que recorrer ao Boletim de Ocorrência Policial, talvez já prevendo este “procedimento” da direção.

    “Se eu estivesse aqui, não permitira que se chamasse a policia, pois não tivemos uma agressão propriamente, não tivemos um roubo ou uso de drogas que justificasse a intervenção da policia. Tivemos um incidente entre aluno e professor que seria e foi resolvido pela direção da escola, juntamente com a representante do C.Tutelar e o pai do aluno”, disse o diretor.

    Na minha região não é diferente…
    infelizmente, pessoas esclarecidas ainda pensam que só pode ter intervenção da Polícia para Roubo, Uso de drogas…

    Realmente ocupar cargo é muito mais que receber o cargo

  5. Avatar de Prof Cleber Prof Cleber disse:

    O Sr. Diretor deveria saber (até porque tem um filho advogado) que ameaça é crime previsto no art. 147 do CP(Art. 147 – Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave), e quando particado por menor, enquadra como análogo na condição de ato infracional.
    oriento a todos os Educadores que sofrerem este “crime” que procedam como a Elizângela. é a unica forma de se garantir quanto a futuros danos, inclusive morais.
    Portanto o Administrador que não permite que seja lavrado a ocorrência, é conivente com o cometimento de um crime, veja o ensinamento do Sr.Luiz Antônio Miguel Ferreira, Promotor de Justiça da Infância e da Juventude:
    . “O Papel da Escola Frente ao Ato Infracional e Indisciplina
    Caso uma criança ou adolescente pratique um ato infracional, o encaminhamento a ser dado é de competência do Conselho Tutelar e do Juizado da Infância e da Juventude, respectivamente. Assim, tendo o ato infracional ocorrido na Escola, deve o responsável (diretor, vice-diretor, professor, assistente) fazer os encaminhamentos necessários, sendo que:
    a) se for praticada por criança, até 12 anos, deve encaminhar os fatos ao Conselho Tutelar, independente de qualquer providência no âmbito policial (não há necessidade de lavratura de Boletim de ocorrência) :
    b) no caso de ato infracional praticado por adolescente, deve ser lavrado o Boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia, que providenciará os encaminhamentos ao Ministério Público e Juízo da Infância da Juventude.
    Essas providências devem ser tomadas, independentemente das conseqüências na área administrativa escolar. Assim, um adolescente infrator, que cometeu ato infracional grave na escola, será responsabilizado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, sem prejuízo das sanções disciplinares a serem impostas pela Escola.
    Agora, se o ato for de indisciplina (e não ato infracional) praticado por criança ou adolescente, a competência para apreciá-lo é da própria escola. A falta disciplinar deve ser “apurada pelo Conselho de Escola que, em reunião específica deverá deliberar sobre as sanções a que os mesmos estariam sujeitos, dentre as elencadas no Regimento Escolar, após assegurada a ampla defesa e o contraditório.
    A infração disciplinar deve estar prevista no regimento, em obediência ao princípio da legalidade.

    O Regimento Escolar
    Verifica-se que toda escola pública deve ter um regimento interno, de conhecimento geral, que contemple os direitos e deveres dos alunos, como anteriormente fazia menção o Decreto n° 10.623/77. Esse regimento deve ser claro e de conhecimento de todos os alunos para poder exigir-se o seu cumprimento.
    O ato indisciplinar nasce do descumprimento destas normas regimentais e das leis penais vigentes. Dependendo do tipo de conduta do aluno, é que poderá ser caracterizado como ato de indisciplina ou um ato infracional, cada um com conseqüências próprias.”
    Espero que a Promotoria de nossa cidade e a E. Vara da infancia e Juventude de outro caminho ao caso , que ao que me parece encaminha para o nada, vez que o ato infracional ja se encontra representado.
    É por estas e outras que decidi transferir meu filho(que já foi aprovado) da citada Escola Delfim Moreira, é uma pena que uma escola centenaria se posione desta forma diante de uma caso tão grave, justamente em um municipio onde tem a “melhor escola do país”.
    Prof Cleber ( advogado e esposo da professora Elizangela)

  6. Avatar de Renatinho Renatinho disse:

    É, pelo meu ver, o nosso Catedrático presidente Luis INÁCIO LULA tem toda razão quando disse em seu discurso, numa cidade do nordeste, que o povo daquela região “estava no meio da merda”. Como podemos ver pelo fato citado, não só o povo de lá está nesta situação; lá ao pé da letra, aqui ao pé do dito popular. A quem recorrer?
    Me corrijam se estiver errado, na época da diretora Ana Abdala houve algum fato semelhante?
    Será que falta pulso? Conhecimento das funções de diretor? A escola não tem nenhum regimento interno? O diretor tem que cumprir as ordens de cima sem nenhuma contestação, ou não se faz prá não perder o cargo? Disciplina é algo fundamental no direcionamento dos nossos filhos e alunos. Exigência é o que faz as coisas acontecerem. Quem ama educa, e cobra resultado. Respeito ao próximo e principalmente quando este se trata de um professor, um idoso…etc. Por que será que este delinquente, este é o termo certo para estes adolescentes, ou seria aborrecentes, quando estão perante um juiz, um promotor o procedimento é outro?
    Eu respondo, porque lá existe respeito, normas leis que exigem a disciplina e que são cumpridas. Um juiz é autoridade máxima naquele recinto, o que deveria acontecer também dentro de uma sala de aula. O professor é a maior autoridade dentro de uma sala de aula, inclusive um diretor sabedouro disto ao adentrar em uma sala de aula só poderá ou poderia fazer com a permissão da professora. Isto é respeito a hirarquia, vc dentro do seu local de trabalho passa a ser a autoridade. Pior ainda é ter e ver seus atos de ordem serem desabonados em favor do agressor. Insubordinação é problema de competência da direção da escola, mas problema de agressão seja ela física, moral, injúrias, calunias, etc, proferidas por estes delinquentes que assolam as nossa autarquias, devem ser tratadas pela policia, e posterior pelo C.Tutelar.
    Por estas e por outras que a profissão mais nobre do mundo está sendo esvaziada, pois falta salário, falta motivação, falta material fisico e humano, falta apoio da direção, do governo, da sociedade, e por ai a fora.
    Torço que este fato não acabe no forno, pois se depender dos pizzaiolos nós já sabemos no que vai dar…
    Fica aqui registrada a minha indignação pelo tratamento dado pela direção da escola, pelos pais deste delinquente, demais setores que simplesmente cruzam os braços e deixam como está, prá ver como é que fica…

  7. Avatar de Alexandre Alexandre disse:

    Este é mais um fato que ocorre na cidade e diversos lugares do Brasil. O aluno cometeu um crime de ameaça, previsto pelo Código Penal. A professora agiu corretamente em lavrar um Boletim de Ocorrência, pois o impede o ameaçador de cumprir com a ameaça? Onde está o respeito do aluno para com o Professor? O Professor manda calar a boca? Lógico!!! Se não o fizer, alunos desse tipo só faltam amarrar a professora. Alunos desse tipo têm em suas vidas sempre alguém para justificar seus atos falhos. Alguém que o defenda e justifique um ato errado, um crime. Tivemos há cerca de dois anos um crime de agressão a uma mulher no RJ de 4 rapazes. Foram presos, e o pai de um deles chega para imprensa e diz que são meninos e que não podiam ir para a prisão!!! Absurdo, onde fica o bom senso de um pai em reconhecer que seu filho errou? Medo de constatar que foi falho? Pode ser… mas devemos ter senso de justiça e cumprimento da lei. Somos todos iguais perante a lei, como dita nossa Constituição. Iguais para usufruirmos de nossos direitos perante a lei e iguais também para sermos punidos se for necessário. Mas o fato não ocorre somente entre professores e alunos. Professores também são assediados moralmente por diretores que se julgam acima da lei. Acham que um simples cargo numa diretoria lhes dá “poder”. Que poder? Isso somente demonstra a fragilidade com que pessoas que assumem cargos de liderança exponham seu lado sombrio e fraco de se achar superior às outras pessoas. A educação vem de casa e se complementa com a da escola, que se complementa com uma sociedade justa para todos. Se essa corrente é quebrada, sinto muito teremos muito mais casos desses ou piores. Santa Rita deve crescer também moralmente, acabar com o coronelismo, com o tapinha nas costas e principalmente, não deixar que sindicâncias não acabem em nada… nem em pizza.

  8. Avatar de Alexandre Alexandre disse:

    Hehehehe… O diretor só faltou falar que a professora é a culpada. Não tenho nada pra dizer, apenas lamento a desvalorização desta classe profissional q

    • Avatar de Aline Aline disse:

      Concordo plenamente com você. ao meu ver, o professor indiretamente disse que a professora está errada. Pelo que entendi nos comentário, ela agiu conforme a lei. O diretor precisa rever seus conceitos. Errar, todo mundo erra, então ele deveria voltar atrás e respeitar a atitude da professora.

  9. Avatar de suzanne suzanne disse:

    Caotico… Patético… Imperdoável.
    Em se tratando do magistério, nada mais me surpreende.
    Não são animadoras as minhas palavras, porque tive uma experiência frustrante com a referida conselheira tutelar – quando de um incidente no qual fui coagida por ela – PORTANTO, NÃO TENHA ILUSÃO – VC ESTARÁ ERRADA ACIMA DE QQER COISA – NÃO HÁ IMPARCIALIDADE.
    Uma parcela significativa da impunidade está no fato da direção da escola considerar ‘normal’ um aluno tratar seu professor como se ele fosse lixo (e, cá entre nós, SE UM DIRETOR DIZ PRO ALUNO QUE QUEM MANDA ALI É ELE, QUE RESPALDO TERÁ O PROFESSOR?).
    Como mãe de aluno eu procuro saber até onde meu filho é vítima do professor e, 99,999999999% das vezes o aluno não sofre maus tratos e o professor não é a enésima fração do algoz que se pinta dele. Na verdade, o professor tem que ser além do ser humano responsável pela mediação do conhecimento, DOMADOR, ENFERMEIRO, PSICÓLOGO, SACO DE PANCADA, OUVIDO DE LATRINA, CONFIDENTE, PAI E MÃE e outras tantas funções que somente meus colegas de profissão entenderão o que digo.
    Um médico é… um médico. Um profissional da saúde. Um advogado é… advogado. Agora, o professor? ELE É VAGABUNDO, MAL-AMADO, INFELIZ, MONSTRO, e outros tantos adjetivos que pouparei essa postagem.
    Vocês por acaso sabem de alguma profissão onde alguém tem o ‘poder’ maior de dizer QUEM MANDA AQUI SOU EU?
    Então… vamos lá…
    SE QUEM MANDA NA REFERIDA ESCOLA É O DIRETOR, E SE LÁ OCORREU ESSE LAMENTÁVEL FATO, A CULPA É DELE… ALGO PRECISA SER FEITO.
    A professora agiu certo em chamar a polícia sim ou ela deveria esperar uma agressão fisica para, então, se defender?
    NA ESCOLA QUE LECIONO À NOITE, UMA AMIGA FOI AGREDIDA, HUMILHADA POR SEU DIRETOR. NÃO HAVIA SIDO A PRIMEIRA VEZ, MAS MESMO ASSIM ELA RESOLVEU NÃO FAZER B.O.
    NA SEMANA SEGUINTE, EM CIRCUNSTANCIAS SEMELHANTES, A AGESSÃO SE VOLTOU PARA MIM. EU FIZ MEU B.O. E ESTOU REIVINDICANDO UMA SOLUÇÃO. SEI QUE MEUS COLEGAS DE TRABALHO ESTÃO PERDIDOS ENTRE ACREDITAR NO QUE ME ACONTECEU OU CRER NA VERSÃO DO DIRETOR. E é aí que nos fragilizamos na medida em que não tomamos como nossa a dor de nosso colega de trabalho.
    Elizangela tem meu apoio pq conheço a escola em que ela trabalha e as pessoas que deveriam zelar pela segurança dos profissionais.
    Na minha opinião, nossa desvalorização começa por nós mesmos, que nos sentimos mais que os outros, apenas pq temporariamente ocupamos algum cargo ‘superior’
    A melhor educação do Brasil é daqui de Santa Rita, sim! Por experiência, existe uma escola onde se exige muito do professor, mas onde o professor é tratado com respeito. Sei disso pq trabalho lá pela manhã.
    Desculpem o desabafo… mas tem coisa q incomoda a gente.

  10. Avatar de Chalub Chalub disse:

    Novamente a indignação paira sobre nossas cabeças… E o mais estranho é que deveriamos nos indignar com o fato e não com a atitude “política” de um dirigente escolar. Não conheço e também não farei questão de conhecer o referido diretor, mas essa postura evasiva do diretor é vergonhosa, sem contar nos termos “quem manda aqui sou eu”, chegando a nos lembrar o tempo dos temidos interventores nomeados pelo governo para fiscalizar as escolas. Era evidente que seria essa a postura de um diretor escolar da atualidade, eleito democraticamente pela comunidade escolar, que pode ter sua autoridade e preparo questionados por não saber o que se passa dentro do estabelecimento que dirige, mas é desumano apoiar um PÁRIA JUVENIL contra uma profissional gestante que está sendo ameaçada dentro de seu ambiente de trabalho simplesmente para se eximir de suas responsabilidades. Resta saber: Quem são os dedicados (e talvez influentes) genitores do santo da boca suja? Que consequências a professora sofrerá se não abrir mão de seus direitos em prol do conciliador dirigente escolar? Será que a pizza já está pronta? Indigna nação!!!

  11. é lamentavel que nos dias de hoje ainda presenciamos cenas tão brutais contra aqueles que querem só fazer o bem , e ainda por cima tem o apoio de um estatuto que foi feito so pra benificiar os menores infratores, eu defendo a tese que a justiça brasileira deveria diminuir a idade penal de 18 anos para 14 anos, talvez assim cenas de violencias como a que a professora elisangela passsou , não volte a acontecer mais. fica aqui o meu repudio contra essa violencia que tanto tem feito a sociedade sofrer. elesangela erga a cabeça e continue a sua missão que é tão bela a de ensinar apesar de ser tão pouco valorizada.

  12. Avatar de Simone Simone disse:

    …Já não há respeito por ninguém.Realmente é uma vergonha nacional! Na minha opinião acho que é a falta de educação, aquela que vem lá do berço….mas isso são os pais que têm essa função e não os professores ou educadores. É tudo uma completa vergonha. Alguem tem que tomar uma atitude para que estas situações acabem. Porque hoje foi na sala de aula, amanhã sabe-se la a onde….

  13. Avatar de Jean carlos Jean carlos disse:

    A educação no brasil atualmente está uma vergonha,os pais mdam os filhos para escola achando que é a escola que tem que educar seus filhos ..!

  14. Avatar de Maria Elisabete Maria Elisabete disse:

    Lamento o fato ocorrido e espero que a escola tome as providências cabíveis. Até então, a professora dentro da sala de aula é superior e deve ser respeitada para se ter o respeito. Ela agiu de maneira correta pois não poderia deixar acontecer uma agressão física para depois tomar as providências.

  15. Avatar de DAniella DAniella disse:

    Um absurdo! A escola deveria ter tomado providências imediatamente…
    Sou professora e optei pela Educação Infantil, justamente pelo comportamento da maioria dos adolescentes, eles não respeitam, não tem educação, não têm interesse por nada…É depressivo dar aula pra esse tipo de aluno!

    Meio apoio a professora Elisangela!

  16. Avatar de luiz Carlos luiz Carlos disse:

    Sem Comentários, Só *?#!¨=?

  17. Avatar de Gleisson Gleisson disse:

    A direção da escola está deixando passar mais uma oportunidade de mostrar que não aceitará desrespeito e indisciplina na escola. Acho que a direção talvez não queira mostrar pra sociedade que na sua escola não tá dando conta do recado. Sugiro que todas as escolas deveriam se reunir, gerar um manifesto e enviar para as Secretarias de Educação reivindicando providencias no sentido de conter essa “onda” de violencia que assolam todas as escolas, sugiro, ainda que os alunos deveriam fazer uma avaliação psicológica para entar na escola! outra dica para os professores: tomem cuidado com o assédio moral!
    Aos professores e amigos Cleber e Elizangela, nosso abraço!
    Gleisson e Angelita – BH

  18. Avatar de Tiago magalhães Tiago magalhães disse:

    Acho vergonhoso a atitude desse Diretor em relação ao caso. Será que ele não é professor também ou tem medo de magoar os alunos e seus pais e perder seus votos quando a eleição chegar, pois não são eles que elegem os diretores estaduais?
    Conheço a professora Elizângela, já fui seu aluno, ela também leciona no Cesu há muitos anos e é competente e séria. Se ele agiu desta forma com certeza teve motivos, pois ela é muito cordial com os alunos aqui do Cesu.

  19. Avatar de omar cândido de Paiva omar cândido de Paiva disse:

    Se os que fazem as leis trabalhassem direito, fariam LEIS que não protegessem menores e idosos, pq todos devem ser responsabilizados por seus atos. É muita proteção e pouca responsabilidade. Direitos humanos somente as vítimas e não para bandidos.imagine se fosse a professora q tivesse batido no aluno a impressa já estaria em cima falando mal dos professores e kd aquele pessoal dos direitos humanos q gostam d proteger pessoas assim ainda mais menores d idade

  20. Avatar de Joice Joice disse:

    Sou a favor do chapéu de burro, milho, chicote e palmatória!!!
    Teorias de Paulo Freire, Piaget, q nada… esse povo não entende nada… nas escolas onde eles estiveram com certeza não existiam esses naipes de alunos…

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