A famosa Avenida Perimetral de Pouso Alegre, inaugurada em 1982, com verbas federais para pista dupla – mas construída em pista única mesmo, afinal quem intermediou a verba, precisava comprar também algumas fazendinhas no Norte – agora tem radar eletrônico…para monitorar os buracos de sempre.

Humor negro à parte, a bela avenida tem historias e segredos que “nem te conto”. Às  suas margens, na boca da noite ou nas caladas da madrugada, motoristas e viajantes desavisados já viveram romances tórridos e inesquecíveis, principalmente quando descobrem a carteira vazia….

No inicio da madrugada desta sexta, o vendedor I.C.M.O., residente em Ubá, na zona da Mata, passava por ali quando recebeu um aceno gracioso de uma ‘mademoisele’ platinada que soprou-lhe um suave beijo na palma da mão. Ivo já cansado da viagem e ainda longe de casa, resolveu parar para um chamego. A jovem quase nua, cheirando a perfume barato, com um sorrido mais falso do que nota de 30, deu seu preço; Por vinte reais faria até parar de chover. Entrou no Fiat Palio, seguiram até uma quebrada do bairro Ipiranga e depois do ‘rala e rola’, se despediram no trevo do Fernandão. Tão logo retomou a viagem I.C.M.O. resolveu se ajeitar no banco, feliz da vida por um programinha tão barato e ao checar a carteira…..só o pó. Só sobraram os documentos. Cartões bancários e 260 reais haviam ficado com a mariposa da Perimetral.

I.C.M.O., procurou a Delegacia e contou a historia do seu jeito, mas de qualquer jeito, não há jeito de achar a jeitosa loira falsa – e inteligente – e o jeito foi seguir viagem sem lenço, sem documentos e sem dim-dim…