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SÃO PAULO – Exames do Instituto de Criminalística de São Paulo confirmaram que o material genético coletado do pai e da madrasta da menina Isabella Nardoni em novembro deste ano coincide com as amostras de sangue do casal obtidas em 2008. O sangue de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá está guardado no instituto desde então. O resultado saiu nesta quarta-feira. A defesa informou que vai pedir que o exame seja refeito.
Os dois são acusados de ter matado Isabella ao atirá-la da janela do 6º andar de um prédio, na zona norte de São Paulo, em março de 2008, quando a menina tinha 5 anos. Alexandre e Anna Carolina estão presos em cadeias na cidade de Tremembé, no interior de São Paulo.
O casal alega que não cedeu sangue para a perícia na época do crime. O sangue foi coletado na época para possíveis comparações genéticas com evidências do crime. O pedido para a realização de novos exames genéticos, realizados em novembro deste ano nas penitenciárias em que os acusados estão presos, foi feito pela própria defesa do casal.
O promotor responsável pelas investigações do caso, Francisco Cembranelli, disse que o sangue coletado e guardado na época do crime não tem relação com o sangue encontrado no carro e no apartamento do casal.
– Todo o sangue encontrado no apartamento é de Isabella. Nunca disse que era dos acusados. A extração de amostras foi necessária porque tínhamos objetos apreendidos com manchas e não sabíamos o que eram essas manchas – disse o promotor.
Para Cembranelli, o resultado divulgado nesta quarta-feira prova que Alexandre e Anna Carolina mentiram mais uma vez.
– O resultado mostrou que eles faltaram com a verdade mais uma vez. Eles sempre negaram que o sangue fosse deles. Foi necessária a coleta de saliva, o perfil genético foi comparado e o Instituto (de Criminalística) agiu de forma séria. Mostrou quem está falando a verdade – disse o promotor.
Segundo o promotor, o próximo passo deve ser a escolha de um dia para o julgamento do casal, que pode acontecer no início do ano que vem.
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