EXCLUSIVO: Hospedes do novo hotel da rua das Rosas estão sem comida

Os hospedes do novo hotel da Rua das Rosas, que como todos os presos à disposição da justiça, reclamam até da cor dos olhos do carcereiro ou do penteado do policial que os enquadrou, hoje tiveram um motivo real para botar as manguinhas de fora e agitarem o ‘barraco’; não receberam café da manhã. Os pacientes agentes carcerários contornaram a situação, mas na hora do almoço… os ‘bandecos’ também não vieram. Segundo a cozinheira Miriam Pereira da Silva, que prepara as refeições, ela está sem receber seu salário e avisou seu patrão que não faria a comida enquanto não recebesse o atrasado. Mesmo ciente da ameaça, o empresário José Roberto Vieira Ramos, que venceu a concorrência publica e assinou contrato com a SEDS, não pagou a empregada, e os presos pagaram o pato. Pagar …pagar mesmo, pagaram os agentes que ficaram com as orelhas ardendo com a ladainha dos presos. O gerente provisório do novo hotel, delegado Denirval Campos, providenciou 69 “quentinhas” em um restaurante da cidade para os 69 hospedes e agentes de plantão… só não se sabe ainda quem pagará a conta… A propósito, outro dia visitando o novo hotel, recebi inúmeras reclamações sobre a qualidade, quantidade e variedade de comida servida nos bandecos, e pude constatar com meus olhos; os presos têm razão. No almoço tem arroz com feijão e carne de porco mal cozida. No jantar, para variar o cardápio é feijão com arroz e carne suína semi-crua. No dia seguinte o cardápio se repete. Deste jeito o preso não precisa ir para a solitária para pegar ‘solitária’. Mas tem o lado bom. A carne mal cozida fará apenas “meio mal”, pois as marmitas vêm pela metade, dá para saciar apenas a metade da fome e causar metade do mal ao preso. E não custa esclarecer; o castigo do preso é a privação da liberdade, não a privação de alimentos. E o fornecedor de alimentos? Ah este briga com unhas e dentes para ganhar a concorrência, apresenta cardápio variado, avaliado por nutricionista e recebe uma bela bolada mensalmente do Estado e depois de assinado o contrato, passa meses sem visitar sua própria cozinha. Conheço bem este filme…

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