Mais de 50 mil voltam às urnas neste domingo

 

Itabirito, Bom Jesus do Amparo e Baependi escolhem novos prefeitos

 

Rafael Sânzio – Repórter Jornal Hoje em Dia

 

O domingo será dia de voto para 52 mil eleitores de três municípios de Minas Gerais – Itabirito, Bom Jesus do Amparo e Baependi. A eleição extemporânea foi definida pela Justiça Eleitoral como solução à cassação dos candidatos eleitos no pleito de 2008. Abuso de poder político e econômico, arrecadação ilícita e rejeição de contas públicas por irregularidades insanáveis são alguns dos motivos para a cassação de mandatos.

 

Baependi, no Sul de Minas e com 14.641 eleitores inscritos, tem a disputa mais apertada, com três candidatos a prefeito. Concorrem ao cargo Lúcio Flávio de Oliveira Gouvêa (PSB), pela coligação “Renovar para Crescer” (PSB, PSDB e PT); Celso Eduarte Moreira do Amaral (PRTB), pela coligação “Servir Sem Excluir” (PRTB, PV); e Efraim Lemos de Abreu ( PTC), pela coligação “Caminhando Para a Paz” (PR, PTC, PP, PSDC, PMDB).

 

O prefeito de Baependi, Cláudio de Carvalho Rollo (PTN), e o vice, Márcio Augusto Nardy Neves, tiveram os diplomas cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em 22 de junho, sob acusação de abuso de poder político. Conforme o Ministério Público Eleitoral, o prefeito teria doado lotes com fins eleitoreiros. Tanto o prefeito quanto o vice-prefeito ficam inelegíveis por três anos.

 

Em Bom Jesus do Amparo, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), onde 4.534 eleitores serão novamente chamados às urnas hoje, dois candidatos concorrem à prefeitura. Disputam o cargo Pedro dos Santos Moreira (PSC), pela coligação “O Povo no Poder” (PSC e PPS); e José Inocêncio Barbosa Drumond (DEM), da “Frente Popular Bom-Jesuense” (PR/DEM).

 

O TRE cassou os mandatos do prefeito de Bom Jesus do Amparo, Wanderlei dos Santos Ribeiro (DEM), e da vice, Miriam Motta Macieira Drumond (PR), por arrecadação ilícita de recursos de campanha para a prática de abuso do poder econômico. Ambos ficaram inelegíveis por três anos.

 

Indefinição na disputa em Itabirito

 

Em Itabirito, na RMBH, que tem 33.673 eleitores, três candidatos apresentaram seus nomes para a disputa, mas um deles está com a candidatura sub judice. Inscreveram candidaturas Luiz Flávio de Paiva Niquini (PT do B); Manoel da Mota Neto (PMDB), pela coligação “Itabirito de Verdade” (PMDB/PT/PDT/PMN/PTC/PTB/PR/PRTB/PPS); e Alexsander Silva Salvador de Oliveira (PHS), pela coligação “Itabirito Segue em Frente” (PHS/PSDB/PSL/PTN/PSC/DEM/PV/PRB).

 

O candidato a prefeito Niquini e sua vice, Maria de Lurdes Marques Gurgel, tiveram o pedido de registro de candidatura indeferido pelo juiz da 133ª Zona Eleitoral, devido ao fato de o PT do B não ter representação no município quando foi realizada a convenção, conforme determina a legislação eleitoral. Eles recorreram ao TRE, mas o segmento do recurso foi negado pelo relator do processo, Benjamin Rabello. Como ainda há possibilidade de recurso, Niquini e a vice terão os nomes na urna eletrônica, mas os votos a eles atribuídos não serão computados.

 

A eleição fora de época em Itabirito acontece porque o candidato a prefeito reeleito em 2008, Waldir Silva Salvador de Oliveira (PSDB), foi considerado inelegível devido à rejeição de contas públicas durante o período 1989-1992, quando foi prefeito do município.

 

Waldir Salvador teve mais de 50% dos votos na eleição de 2008. Com a sua cassação, o município tem sido administrado pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Alexander Silva Salvador de Oliveira, que é irmão de Waldir Salvador e agora concorre à prefeitura.

 

Nove cidades Já tiveram eleição

 

As eleições de hoje elevam para 12 o número de municípios de Minas Gerais que tiveram votação fora de época desde o pleito de 2008. Em 22 de março deste ano, o TRE realizou eleições em Francisco Sá, quando foi eleito José Mário Pena; Ponto Chique, onde ganhou Íris Pereira Ramos; e Fronteira dos Vales, em que o escolhido foi Rozinê Sena de Oliveira.

 

Em 26 de julho, houve eleições em Mata Verde, com a escolha do prefeito Irone Bento Dias (PDMB); Carmo do Paranaíba – Helder Costa Boaventura (DEM ); Salto da Divisa -Ronaldo Athayde da Cunha Peixoto (DEM); Ipiaçu – Urbino Capanema Júnior (PPS); e Cachoeira Dourada – Walter Pereira Silva (PSDB).

 

Em 13 de setembro, foi a vez de Conceição do Mato Dentro voltar às urnas. Houve novo imbróglio. A chapa mais votada, encabeçada por Breno José de Araújo Costa Júnior (DEM), concorreu sub judice por causa do indeferimento do registro de candidatura pelo TRE. Os votos obtidos foram computados como nulos até o final.

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