RENATO COBUCCI

Apresentação do retrato falado do assassino e da arma usada no homicídio do lutador
O lutador de artes marciais Vinicius do Lago Caetano, 21 anos, que foi assassinado no começo da noite do dia 6, foi morto com um tiro na cabeça disparado por um menor com 17 anos que foi apreendido pela Polícia Civil e está à disposição do Juizado de Menores.
Esse menor, F. F. A., negou a autoria do homicídio ao ser localizado por policiais da Delegacia de Homicídios/Sul. Mas, em buscas feitas no quarto do menor, mediante mandado de busca e apreensão, a arma usada por ele no crime foi localizada.
Diante dessa descoberta o menor acabou confessando que matou o lutador de jiu jitsu porque havia sido espancado por ele, em frente a um bar da Rua Francisco Deslandes, no Bairro do Carmo, na Zona Sul da capital. O inquérito que apura os detalhes da morte do atleta poderá ser encerrado ainda este mês.
A arma usada por F. F. A. foi remetida para a seção de Balística do Instituto de Criminalística para comparações com projetis que foram recuperados no local onde o lutador foi assassinado. Esta é uma prova material que a delegada Maria José Quintino, da Delegacia de Homicídios/Sul quer incluir nos autos, para comprovar que, além da confissão do autor do disparo, a arma apreendida na casa do menor é a mesma que foi usada no assassinato.
Esta não foi a primeira vez que F. F. A. se envolve em um crime. A Polícia Civil descobriu que ele, há alguns anos, havia tentado matar um homem com uma facada e apesar de ter fugido foi localizado e apreendido, quando foi submetido a um processo especial e recebeu como pena o cumprimento de prestação de serviços sociais.
Familiares do menor foram ouvidos no cartório e contaram que não sabiam que ele havia se envolvido em um homicídio porque, em casa, ele negava envolvimento em ocorrências policiais, apesar de fazer uso, constantemente, de maconha.
Ao ser ouvido pela polícia F. F. A. disse que matou Vinicius do Lago Caetano por causa de uma briga. Ele disse que havia fumado um cigarro de maconha e, na noite de sexta-feira, dia 6, passava pela Rua Francisco Deslandes quando, sem querer, deu um esbarrão forte no lutador que reagiu. O menor disse que pediu desculpas mas o atleta não aceitou e começou a discutir com ele até agredi-lo com vários golpes de jiu-jitsu, jogando-o no chão.
Desconhecidos conseguiram acabar com a confusão, mas o menor não esqueceu da agressão. Ele alegou que foi até sua casa onde apanhou uma pistola calibre 7,65, que havia comprado na Praça Sete por R$ 1.200,00 e voltou para o lugar onde havia sido agredido. Ali, voltou a encontrar-se com Vinicius do Lago. Aproximou-se dele e apertou o gatilho duas vezes. O primeiro tiro falhou mas o segundo atingiu o lutador na cabeça.
Depois disto o menor foi para casa e desde então evitou sair. Ele acabou sendo apontado como o suposto autor do crime por testemunhas que fizeram uma descrição pessoal para a polícia. Ele foi apreendido em sua casa pelos agentes policiais Rodrigo Vieira e Guilherme Vieira, da Homicídios/Sul, que fizeram a apreensão da arma que estava escondida na casa de F. F. A..

























