Greve no HPS deixa 92 pessoas sem atendimento

Eles foram barrados na triagem feita pelos profissionais que estão atendendo somente os casos de urgência e emergência

LUIZ COSTA/HOJE EM DIA

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Adriano Cirilo teve de chamar a polícia para ser atendido

Em função da greve dos médicos do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS) de Belo Horizonte, iniciada no dia 20 de outubro, 92 pacientes foram obrigados a procurar atendimento em outras unidades. Eles foram barrados na triagem feita pelos profissionais que estão atendendo somente os casos de urgência e emergência. Desde 7h15 deste domingo (1), quando foi feita a troca de plantão, 47 pessoas foram atendidas pelos médicos.

A Polícia Militar foi acionada, no HPS, por causa de uma confusão envolvendo os médicos e uma viatura do Corpo de Bombeiros. O tumulto começou depois que a equipe de triagem se recusou a atender o frentista Adriano Silva Cirilo, 23 anos. Com dores na barriga por causa de uma queda de moto na Avenida Antônio Carlos, na Pampulha, o frentista só entrou no HPS depois que o sargento Daniel Silva, do Corpo de Bombeiros, o colocou para dentro do pronto-socorro.

O sargento disse que entrou na marra com o paciente pelo fato de as outras unidades da capital estarem lotadas. “Fiquei quase meia hora aguardando no lado de fora do hospital, enquanto os médicos e os bombeiros discutiam”, declarou Adriano Silva, que teve ferimentos no pescoço e braço.

O amigo dele, Andreson José de Jesus, 25 anos, que estava na garupa da moto, foi atendido normalmente. Os médicos alegaram que o caso era de urgência e emergência. Ele estava com uma fratura exposta na perna esquerda e ferimentos na boca.

Os médicos querem elevação do piso salarial, que hoje é de R$ 2.437, para R$ 8.200. Esse valor é estabelecido pela Federação Nacional dos Médicos. “Queremos um reajuste para melhorar o salário, mas, até agora, o Governo de Minas ofereceu um abono de R$ 1.200, recusado pela categoria”, declarou o cirurgião Leonardo Porto, que estava na triagem no domingo.

O presidente da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Luís Márcio de Araújo Ramos, informou que as negociações com os médicos não foram paralisadas. Segundo ele, nesta segunda-feira (2), os advogados vão entrar com um pedido no Tribunal de Justiça para que a greve seja decretada ilegal. Ainda segundo Ramos, os médicos do HPS ganharam abano de R$ 1.500, que fez com que o salário médio ficasse em torno de R$ 6.500.

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1 Response to Greve no HPS deixa 92 pessoas sem atendimento

  1. Avatar de douglas douglas disse:

    Interessante. o salario de 2437,00 mais o abono de 1500 reais dã 6500 reais??

    2437+1500 = 3937,00
    6500 – 3937 = 2563,00

    exceto se as informações estejam equivocadas

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