Da Redação BandNews
O segurança do consórcio contratado pelo MEC (Ministério da Educação) para fazer a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), Felipe Pradella, suspeito de ser o mentor da fraude, negou ter furtado a prova em depoimento prestado na tarde desta quinta-feira à Polícia Federal (PF) de São Paulo.
Pradella deixou a sede da PF por volta das 17h30. De acordo com a advogada de defesa, Claudete Pinheiro da Silva, Pradella teria recebido a prova de um amigo, que foi apontado aos policiais pelo segurança. O amigo negou o crime, mas denunciou outra pessoa que teria confessado o crime.
A advogada informou que Pradella teria levado a prova ao jornal “O Estado de S. Paulo” para denunciar a fragilidade do sistema de vigilância da Gráfica Plural, responsável pela impressão das provas do Enem. A ideia de vender a prova teria surgido durante a conversa com um jornalista, que disse que o furo jornalístico valeria R$ 500 mil.
Além de Pradella, o dono de uma pizzaria nos Jardins e o DJ Gregory Camillo de Oliveira Craid foram indiciados no sábado, dia 3. Ninguém foi preso. De acordo com a PF, as investigações devem ser concluídas até quarta-feira, dia 7.
O Enem seria realizado neste final de semana, nos dias 3 e 4, em todo o país. Mais de 4 milhões de candidatos se inscreveram para realizar a prova.
Amadorismo
A PF está convencida, nessa etapa do inquérito, que está diante de um grupo de amadores. “É coisa primária”, avaliou um investigador. O que reforça essa tese, na avaliação dos federais, é o fato de os envolvidos terem procurado repórteres de vários veículos da mídia para tentar vender a papelada.
“Só mesmo um idiota iria querer vender notícia para repórter”, observou o policial. Para a PF, o grupo acreditou que poderia levantar “dinheiro fácil”. Segundo Gregory, o segurança disse a um jornalista que uma emissora de TV já teria oferecido R$ 500 mil pelas provas. “Ele (Pradella) queria ver se aumentava o valor”, contou Gregory.

























