Empresa de laticínio é interditada após suspeita de poluição de rio

Fiscais da Feam encontraram irregularidades

Uma empresa de laticínios de Pouso Alegre foi interditada, nesta sexta-feira (2), pela Fundação Estadual do Meio Ambiente. A suspeita é de que um córrego está sendo contaminado pelo soro da fabricação de queijos.

Vizinhos do local reclamaram do mau cheiro do córrego da zona rural que corta sítios e fazendas. Os dejetos são lançados na água por uma tubulação. Uma substância branca desce rapidamente pelo leito do córrego e, em alguns pontos, a superfície fica coberta pela espuma.

A empresa fabrica 18 toneladas de queijo por mês. O dono, José Lois Couthelx, diz que trata os dejetos em uma estação antes de despejá-los e que o soro é vendido ou doado para produtores rurais.

Uma fiscal da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e a Polícia Ambiental estiveram na fábrica, mas não deram declarações. A Feam informou que a última análise da água despejada no córrego foi feita em 2007. Na época, não havia contaminação.

Ainda segundo a Feam, somente uma análise poderá confirmar se o córrego está poluído, mas a fiscalização já constatou irregularidades ambientais na empresa. Uma substância, que o dono da fábrica disse ser água tratada, segundo a fiscal é soro.

O vazamento de soro dos tanques é outra irregularidade. Diante da reclamação dos moradores, o empresário se comprometeu a regularizar a situação em duas semanas.

A empresa também foi multada, mas a Feam não divulgou o valor. Segundo a assessoria de imprensa da Feam, não há previsão para sair o resultado da análise feita no córrego e também para a reabertura do laticínio.

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