
Estamos idolatrando as pessoas erradas; certa vez recebi um email com a mensagem de uma psicóloga e cito uma parte: “As pessoas estão cultivando ídolos errados. Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza? Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível.”. Não estou aqui criticando a figura de cazuza em si, mas sim de todos os ídolos que ultimamente a sociedade acaba sentindo admiração.
A psicóloga Karla Christine, que foi a escritora desse texto, estava perplexa com a sociedade por admirar uma pessoa como Cazuza; mesmo que ele tivesse talento para compor e cantar, foi mais um jovem envolvido com crimes e drogas, sua mãe já confessou algumas de suas barbaridades em seu livro. O “poeta” já foi comparado com Fernandinho Beira-Mar, mas com uma diferença: enquanto um nasceu na zona sul – que é a mais rica do Rio de Janeiro – o outro não. As oportunidades recebidas por algumas pessoas acabam não sendo dadas por sua força de vontade – o pai de cazuza tinha uma gravadora, e por isso ele conseguiu começar a gravar – e seu merecimento , muitas pessoas boas e com grande caráter mereciam um filme assim, mostrando seu valor e suas atitudes.
E um fato atual: Michael Jackson, que tanto foi julgado e condenado pela mídia e população, recebeu seu perdão? Seus discos voltaram a ser os mais vendidos, suas músicas as mais tocadas, e seu nome o mais falado. Um talento realmente incomparável, mas será que mesmo com todo esse talento podemos admira-lo tanto como se tem mostrado mundialmente? Tantos e tantos fatos ocorridos em sua vida, que se fosse digitá-los não caberia nesse post. E mesmo que tenha acontecido fatos tristes em sua vida, não é justificativa o suficiente para perder o controle de seus atos.
Em um mundo que é buscado a diminuição da violência e o uso de drogas, ter exemplos pessoas com más atitudes não é algo bonito. Os pais precisam conseguir explicar para seus filhos tudo que acontece, ajudando a definir seus caminhos, e dando limites para que não fujam do controle. Que esse fanatismo – é assim que deve ser explicado o sentimento exagerado por essas pessoas – não os dominem, mudando suas atitudes e seus pensamentos.
Giácomo Costanti – CONSEP-SRS

























